terça-feira, 16 de agosto de 2011

Prokemedeu à Segunda-feira

“Se queres descobrir se amas ou odeias uma pessoa, vai com ela de férias!”

Há uns dias atrás, ouvi esta frase algures! Já não me recordo se foi dita num filme ou se a ouvi na rua, no entanto, congratulo o seu autor por nos presentear com tal afirmação!

Podemos julgar que temos um bom relacionamento com determinada pessoa que faz ou poderá vir a fazer parte da nossa vida, mas, na realidade, será esse relacionamento tão sólido e saudável como julgamos? Obviamente, não entrarei na discussão da definição de “bom relacionamento”, já que só essa divagação quase daria um livro. Mas, assumindo a definição vulgarmente aceite, se temos um bom relacionamento ou não com essa pessoa é o que nessas férias nos propomos descobrir!

Explanando o que de implícito temos nesta frase, tarefas como a escolha do destino, a elaboração de planos e o dividir de funções só por si põem à prova qualquer relação! Mas apenas durante as ditas férias é que se vive a verdadeira prova, uma prova na qual se assumem diferentes papéis, em que se partilham inúmeras experiências, se revelam e confrontam diferentes passados, presentes e futuros!

Quando se trata de um mero conhecido com o qual decidimos partilhar umas férias temos dois modos diferentes de regressar delas: como algo mais que simples conhecidos ou…sozinhos! Por outro lado, se viajamos com um amigo e este quase nos faz cometer um homicídio involuntário…talvez seja mais aconselhável afastarmo-nos dessa amizade corrompida. Contudo, o sentimento pode até sair reforçado e quem sabe não se transformam os laços que até aí existiam! Já no caso de se tratar de um potencial relacionamento amoroso, a verdade é que essa pessoa pode partir connosco para férias tanto como um conhecido, ou como um amigo, pelo que as diferentes hipóteses deste desfecho se multiplicam!

Pensando bem, podemos ser incapazes de chegar a um acordo relativamente ao destino de férias, mas isso não significa que não possamos permanecer amigos dessa pessoa! O fundamental é saber fazer cedências e respeitarmos as nossas diferenças! Podemos sempre encontrar um ponto a meio do caminho no qual existem infinitas possibilidades que não só a de amar ou odiar!

Indo um pouco mais longe, vemos que o oposto desta afirmação pode também acontecer. Tantas vezes descobrimos novas e belas amizades durante as férias que não trazemos na bagagem!

Então, a derradeira prova não são as férias, mas sim o TEMPO! No fundo, esse é recurso valioso e escasso de que necessitamos para descobrir os nossos verdadeiros sentimentos por essa pessoa.

Se decidirmos seguir essa viagem, teremos de ser sinceros, e esperar de volta o reflexo dessa genuinidade. Certamente regressaremos mais leves e iluminados!

Boas férias!

2 comentários:

  1. Nem o TEMPO define tudo, acho eu. Podemos passar as férias em frequente desacordo com alguém sem significar que "odiemos" essa pessoa. Pode ser indicativo de que não é muito boa ideia viver no mesmo espaço durante alguns dias. Normalmente, em férias, o "espaço" é curto e faz-se tudo ou quase tudo em conjunto, o que pode originar atritos. Por isso, mais do que o TEMPO acho que o ESPAÇO também é fundamental. Nas relações é preciso cada um ter o seu espaço de manobra, espaço de recreio, espaço de solidão...
    Todos necessitamos de tempo e espaço.
    Couvinha de Bruxelas.

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  2. Os vosso comentários são sempre enriquecedores deste espaço.
    Obrigada pelo contributo!

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